O género Miltonia, cuja espécie tipo é a Miltonia spectabilis, hoje tem cerca de nove espécies e alguns híbridos naturais, distribuídos por vários estados brasileiros. No entanto tem maior intensidade nas montanhas entre o Rio de Janeiro e S. Paulo a crescer a baixas altitudes (até aos 1500 m) em florestas de zonas quentes com alguma luminosidade e bom arejamento. As plantas são epífitas e recebem bastante humidade ao amanhecer e durante a noite, nunca ficando as raízes completamente secas.
As Miltoniopsis diferem das Miltonia por terem uma só folha em cada pseudobolbo; por terem os pseudobolbos mais juntos no rizoma e pela diferença das suas colunas.
É um género constituído somente por 5 espécies, distribuídos por países sulamericanos como a Colômbia, a Costa Rica, o Equador, o Panamá e a Venezuela. São também chamadas orquídea Amor-perfeito (Pansy Orchid em inglês) pela semelhança das suas grandes flores com os amores-perfeitos (Viola sp.). O género foi criado em 1889 pelo botânico francês Godefroy-Lebeuf com quatro espécies saídas do género Miltonia. O nome Miltoniopsis quer dizer “como uma Miltonia”. Os seus habitats estão situados nas encostas dos Andes e florestas montanhosas de maior altitude sendo mais frescos e sombrios do que os habitats das Miltonia.
O cultivo
O cultivo destas plantas não será dos mais fáceis, especialmente o das Miltoniopsis, mas não é nada de outro mundo. A dificuldade principal é a pouca tolerância das Miltoniopsis ao calor. Se a planta for mantida acima dos 26 graus, é muito natural que nunca floresça e, em temperaturas acima dos 28 graus, a planta começa a morrer. Assim, ou temos um local fresco, arejado e sombrio onde colocar a planta nos nossos meses mais quentes ou não vale a pena aventurarmo-nos no cultivo deste género.